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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Entoemos os cantos de Aruanda!

Quando o povo negro apontou o Brasil, vindo da mãe África,encontrou nessas terras o sofrimento do cativeiro e a solidão da senzala. Dor em seus corpos,banto em suas almas. Mas trouxeram consigo a força da resistência e da luta pela sobrevivência de suas identidades, de seus costumes, de dialetos, de suas danças, de seus cantos e de sua cultura. Presentearam-nos com suas tradições milenares
de cultos aos Orixás, que nos dão até hoje o seu axé.
A senzala, como a apresentação do sofrimento e da dor, também foi local de culto das tradições do povo negro. Nas  noites de desalento, o alimento espiritual era dado pelos Orixás que velavam seus filhos e filhas, transformando-os, animando-os,dando-lhes sabedoria e determinação para lutar na sua caminhada, por sua liberdade. Fortalecidos na fé dos Orixás, negros e negras lutam até hoje por um Brasil negro, que rompa com a tradição escravocrata de uma sociedade eurocêntrica e preconceituosa.

Toque de Senzala é uma forma de relembrar não o sofrimento, mas a resistência do povo negro e a sua luta por dignidade, respeito a cidadania e democracia. Entoemos os cantos de Aruanda! Toquemos, toquemos! Saravá preto! Saravá preta!Saravá a Umbanda! Saravá os caboclos! Salve as crianças! Salvem as sete linhas da Umbanda! Saravá o povo da rua! Saravá a magia das noites de lua cheia!

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